Lilypie Kids birthday Ticker
Lilypie 1st Birthday Ticker

sábado, janeiro 7

Feliz Dia de Reis... mas sem bolo!!

Ontem foi Dia de Reis. Em Espanha trocaram-se os presentes pois nuestros hermanos comemoram o Nascimento do Menino a 25 de Dezembro mas só trocam as prendas no dia em que os Reis chegaram. Se pensarmos bem, até tem alguma lógica pois foi neste dia que Ele também recebeu as prendas mas a tradição portuguesa diz que é no dia 25 á meia noite e cá na nossa terra as prendas dão-se no dia dos anos e não duas semanas depois.

Mas enfim, ontem, saí do trabalho e, apesar de não gostar de bolo-rei, sei que a minha esposa adora e já que ela está em casa a tomar conta do "rebento" pensei passar pela pastelaria e comprar um bolito rei para a menina matar os seus desejos. Note-se que no fim de semana antes do puto nascer, comprámos um bolo rei e pensamos convidar os meus sogros para lanchar, pois um bolo sózinho para a minha querida era muito. Não sei se foi dos nervos ou do stress, ao final da tarde já não havia bolo. E os meus sogros ainda não tinham chegado. Deduzi portanto que ela gosta de bolo-rei, e muito. E por isso, decidi-me pela surpresa.

No meio desta "aventura-pouco-radical", corro metade das pastelarias da minha terra, todas as da minha zona e nada. Nem um pequeno bolo redondo com buraco ao meio e frutas cristalizadas. Nem o cheiro. E nalguns sitios ainda me respondiam: "Pois, é verdade, hoje é dia de Reis, não é? Um bolito dava jeito!". Dava jeito?? Que ideia!
Será que o Cavaco sempre conseguiu mudar o dia de Reis para o primeiro domingo do ano, como ele queria fazer???

Conclusão da história: fui ao hiper-mercado e comprei Bolo-Rei fresquinho e do dia. E já quase que não há outra vez (é porque deve ser bom).

Só me custa é que eu, como grande defensor do mercado tradicional, leve tantos raspanetes destes. Quando todos se queixam que o mercado tradicional isto e aquilo e que as grandes superficies aquilo e isto, mais valia ter ido logo direito ao hiper. Não gastava tanta gasolina, nem tanto latim. Claro que gastei mais dinheiro porque acabo sempre por trazer mais coisas.

Tirando a mercearia da esquina em que fico a saber a vida de toda a vizinhança, normalmente gosto mais de ir ás lojinhas aqui ao pé de casa. Tenho tudo, desde farmácia, cafés, video-clubes, talho, peixaria, cabeleireiro, loja de crianças, parques infantis, mercearias, padarias, etc. Só não tinha Bolo Rei, no dia dos ditos cujos. Se calhar o mercado tradicional não responde assim tão bem como dizem.

segunda-feira, janeiro 2

Desculpa???

Hoje aconteceu-me uma que não resisto a vir aqui contar. Quando sai do trabalho dei boleia a um amigo meu. Quer dizer, ao filho de um amigo meu, que eu também considero meu amigo. Confusos? Talvez, não fosse o facto de esse meu amigo a quem eu dei boleia ter quase um terço da minha idade. Ele tem 13 e eu quase 34. Acho o puto (desculpa lá pá!) um miudo impecável. Mesmo 5 estrelas. Meigo, simpático, inteligente e juntamente com boas notas na escola (quando quer, não é rapazinho?) tem uma lógica e capacidade de avaliação das situações capaz de fazer inveja a muitos adultos. É muito simples. Leva a vidinha dele, na dele e com ele. Se o chatearem, e mesmo só se o chatearem, diz-vos o que lhe interessa nessa altura dizer. E arruma a questão. É extremamente pacífico e contra a violência mas no outro dia 2 miudos tentaram assaltá-lo e pregou um enxerto nos dois.

O que se passou foi muito simples. Chegou ao pé de mim e diz-me assim: "No outro dia estavam uns gajos (2 porque eles andam sempre aos pares) de volta do teu carro para fazer porcaria. Eu fui ter com eles e disse-lhes que se fizessem alguma coisa partia-lhes o focinho. Mas eles agora já conhecem o teu carro por isso não te preocupes. Em principio não vai haver problema!". A única palavra que eu fui capaz de dizer foi: "Desculpa???" E ele explicou-me. Há uns meninos que vêm aqui para a nossa zona passar as férias e como não têm mais nada para fazer, partem ou riscam uns carritos. Pronto, assim já percebi. DEVEM ESTAR A BRINCAR COMIGO!! Eu a passar o Natal em casa sossegadinho e uns putos que não têm nada melhor para fazer a partirem uns carritos. Tem lógica.

Sabia que Portugal anda numa anarquia sem precedentes mas eu ando a trabalhar para poder ter o meu carrito e foi salvo de uns putos de 12-13 anos por um amigo meu (da mesma idade) que por acaso ia a passar e teve "tomates" para lhes mandar uma boca. E posto isto, o que é que eu, quase com idade para ser pai deles, posso fazer? Começar a montar sentinela ao carro? Viver á janela juntamente com todos os meus vizinhos para guardarmos os nossos carritos? Eu não. Mas se acontecer alguma coisa, vou ter com esse meu amigo. E pergunto-lhe quem são eles e onde moram. E depois vamos lá os dois. Para o meu amigo dar porrada neles. Eu não posso. Eles são menores. É que eles já conhecem o meu carro, mas não conhecem o da minha mulher.

domingo, janeiro 1

Mais um...

Passou o ano. Mais um. Venha o novo, que esperamos por ele. Esperanças renovadas, promessas repetidas, cá estaremos, á espera, para ver as diferenças. Confesso que estou demasiado expectante em relação a 2006. Talvez por não ter grandes razões de queixa de 2005 e ter ficado com as expectativas demasiado elevadas. 2005 não foi um ano negro como 2004 em que perdi muita gente querida. Não foi um ano complicado (á excepção de ter a minha esposa grávida, mas apesar isto poder ser complicado, é por uma boa causa) nem com grandes problemas. Enfim, acho que posso dizer que 2005 foi um ano bom.

No que diz respeito ás promessas repetidas, considero-as boas desculpas para prometer algo que já tinhamos prometido em anos anteriores e que não tinhamos cumprido. Vamos voltar a dizer frases começadas por "no próximo ano eu...". A mais famosa é a do "vou deixar de fumar" e eu, felizmente (ou não) já deixei á algum tempo. Mas certamente haverá muitas frases por aí e quase todos terão a sua. E não vamos embarcar no "É porque tem que ser", porque nada "tem de ser". Tudo acontece porque nós queremos. Se tem que ser é porque alguém quer. E porque alguém deixa.

Mas 2006 já chegou. Até saber o que me reserva, vou aproveitá-lo ao máximo (até porque a minha esposa já não está grávida) e tenho muita coisa para descobrir e aproveitar este ano. Certamente será um bom ano. Espero sinceramente que o seja para todos. Que consigamos "dar a volta" a este clima nebuloso que paira sobre o nosso querido Portugal.

Para 2006, o que vos desejo é que, tal como diz a minha querida esposa, façam o favor de ser felizes.