A História do Pedro e das notas

Se existe algo que nos prepara para a vida do dia a dia, esse algo é a escola. Por mais mal que se diga dela, que não está vocacionada para a vida real, que não aprendemos nada de importante, isso em nada corresponde á verdade. A escola existe e nós aprendemos bastante com ela. Aprendemos português, matemática, ciências e muitas outras coisas. Tais como o companheirismo entre colegas, as primeiras partidas e as primeiras noções de responsabilidade chegam com as notas.

Confesso que nunca fui um estudante brilhante. Por isso mesmo, porque nunca gostei muito de estudar. A não ser quando era preciso, ali uns dias antes do teste. Só porque tinha que ser e o suficiente para "dar". Nunca tive negativas (a não ser a Geografia no 8º ano e porque estive 2 meses sem ir á escola) e apenas chumbei um ano, já andava na Universidade e fi-lo por teimosia (em Janeiro avisei quem de direito que esse ano era para perder mas isso foi outra história). De resto, quando queria, aplicava-me mais um bocadinho e "dava" para a nota que queria.

Nunca tive que recorrer á "História do Pedro e das notas". Que é muito parecida com a história do Zézinho. O Pedro era aquele menino muito malandro e que não parava sossegado um bocadinho. Muito traquinas, irrequieto e sempre com uma boa desculpa para todas as asneiras que fazia. Quem não conhece a história em que, depois de chumbar o ano com 5 negativas, chega a casa e diz assim aos pais: "Pais, chumbei. Este ano tive 8 negativas". E os pais responderam: "8 NEGATIVAS????" e o menino Pedrinho respondeu: "Não, estava a brincar, foram só cinco!"

A história do menino Zézinho é parecida: Ele mandou os amigos dizerem assim: "Portugueses, este ano, a factura da EDP vai aumentar 15,7%" E os portugueses responderam: "15,7%????" e os amigos do menino Zézinho responderam assim: "Não, estavamos a brincar, é SÓ 6%!!!"