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segunda-feira, abril 14

O raio da fralda está dificil!

Parecia que estava quase. Lá da creche disseram para começarmos a vestir as cuecas ao Rodrigo. Compramos sanitas, cuecas com fartura e muita roupa para trocar. Mas parece que ele não estava muito para aí virado. Ao principio ainda achava piada, quando se sentava na sanita e fazia xixi. Mas depois, aos poucos, foi-se "desinteressando" pela casa de banho. Não diz, não quer fazer e quando fizer está feito.
Percebe-se, por várias atitudes que ele toma (como por exemplo esconder-se) que ter a fralda suja o incomoda. Mas há mais coisas que o incomodam. No principio incentivava-mos o Rodrigo a ir á casa de banho, com bombons, rebuçados e outras coisas, para que ele percebesse que era importante. Agora por vezes é ele que fala nisso, sempre com um ar bastante preocupado e comprometido. Ainda á pouco, assim sem mais nem menos, veio ter comigo e com a mãe e disse que já estava calor e queria ir á praia e á piscina porque não ia fazer coco na fralda nem na aguinha.

No meio de tudo isto, receio que possamos estar a criar no Rodrigo um estado de ansiedade que lhe possa ser prejudicial. O Rodrigo desde muito cedo que tem um vocabulário vasto para a idade que tem. Sempre falou muito, construindo bem as frases e usa muito do que ouve para se conseguir explicar. Mas quando quer dizer as coisas á pressa, sempre prendeu um bocadinho a lingua, gaguejando um pouco. Ultimamente a gaguês do Rodrigo tem piorado e pensamos que seja muito devido á transicção das fralda para as cuecas e de toda esta pressão que isto envolve. Na creche já nos disseram que o Rodrigo nunca gostou de mudanças. Ao inicio, se estava numa sala e tinha que passar para a outra, chorava, agora arranja desculpas para "aguentar as coisas" e quando está no dia a dia dele, calmamente, fala bem, com fluidez e sem problemas. Mas quando há alterações volta ao mesmo. Por exemplo, quando nós chegamos á creche para o ir buscar e nos quer contar qualquer coisa, até doi ver o esforço que ele faz para o dizer. E isto começou a acontecer com muita frequência. A ansiedade de dizer as coisas faz com que as palavras se prendam. E começamos a perceber o que lhe custa pois aquele sorriso esconde-se por um bocado. E isso inibe-o e não o deixa á vontade.

Será impossivel sabermos o que é correcto fazer nestas alturas. Sabemos que para já, ainda é muito cedo para haver diagnósticos de gaguez ou para pensar em coisas como terapias de fala, mas como pais é inevitável pensar em tudo e mais alguma coisa. A última coisa que queria era que o Rodrigo começasse a desenvolver qualquer tipo de complexos e vê-lo a retrair-se preocupa-nos bastante. Por isso, para já, tentamos deixá-lo o mais á vontade possível, brincamos com ele o mais que podemos e voltámos ás fraldas. Em força e em barda. Claro que vamos falando na sanita mas de forma mais suave ao que faziamos anteriormente. Por enquanto, as cuecas estão na gaveta. Amanhã o Rodrigo faz 2 anos e 5 meses. Tem tempo para deixar as fraldas. Quando ele achar que se sente preparado para isso, ou então lá mais para o verão. Ele que decida. Temos tempo para voltar a pensar nisso.