Isto anda mesmo mal!

Ao principio eu nem queria acreditar. Isto anda mesmo mal. E hoje tive a prova disso mesmo. Mesmo há pouco, há poucochinho, ouvia nas noticias que a Cunha já não é a principal fonte de obtenção de emprego em Portugal. Agora o que conta mesmo é o contacto directo com o empregador.

É assim, meus amigos, isto agora já nem com cunhas lá vai. A sra. D. Maria da Cunha, como carinhosamente lhe chamaram nessa peça informativa, já só tem 30% no ranking de "como obter um emprego". Claro que se mantém muito á frente de coisas insignificativas como as habilitações literárias, experiência profissional, conhecimentos diversos ou ainda, um grande corpo(!), perdão, uma boa aparência.

Claro que para alguns isto além de ridiculo é indiferente, mas isso será aquela pequena minoria que nunca utilizou uma cunha para nada. Nem para calçarem um móvel. Alguns ainda acreditam no valor e na força do trabalho (não, isto não é um excerto da Festa do Avante!). Mas como também dizia na peça, quem nunca utilizou uma cunha, que atire a primeira pedra. Eu acrescento: E podem atirar aos que usaram!

Já agora, alguem sabe em que lugar ficaram "Os Tachos"?

Vânia, Vânia, Vânia!

Já há bastante tempo que não via o Festival RTP da Canção. Confesso que achava o programa desinteressante, não era apelativo, os resultados eram falseados e, das 10 músicas que iam a concurso, 9 delas tinham musica e letra da Sra. D. Rosa Lobato de Faria. Este ano, tudo mudou. A minha esposa insistiu e eu, entre um jogo do FCP (desculpa lá ó prima!), telenovelas e o Festival da Canção, acabei por ceder. E este ano foi diferente. Até havia algumas musicas giras.

Tinhamos lá uma Australiana, os Caretos do Nordeste Transmontano, havia Fado, Gospel, e por pouco até luta na lama com meninas em fato de banho. Não é que no fim, quando se soube quem eram as vencedoras, um grupo chamado "Non-stop" (em português: Não pares!) o publico começou todo a gritar pela menina que ficou em segundo lugar? Quase que se poderia dizer que foi o "Delirium" na sala. Quando as Non-Stop se "chegaram á frente" para receber os prémios, o Jorge Gabriel até teve de dizer: "Peguem nele, peguem nele!" E elas lá perceberam que era o prémio. Uma disse: "Ganhámos!" e as outras responderam: "ámos, ámos, ámos"(em jeito de eco). Foi fartar de rir. Isto, claro, em directo, no climax da boa televisão que se faz em Portugal.

As meninas agradeceram a vaia de assobios que levaram, o publico continuou "Vânia, Vânia, Vânia" e a pobre rapariguinha, lá atrás, chorava e pensava para os seus botões (toda a gente sabe que os vestidos da Fátima Lopes têm resmas de botões) "mas devia ser eu, devia ser eu!". Ou então qualquer outra coisa do género: "Venho eu aqui com um vestido daquela gaja e foi ela que me enterrou!!!" (a ver pelo decote, quase de certeza que o vestido era dela!)

Sinceramente, eu também queria que ela ganhasse. Acho indecente o que fizeram com a menina. Primeiro, porque ao contrário das outras quatro, a Vânia até sabe cantar. Segundo, a música é do C.C. e ele é meu amigo e terceiro, porque a canção até é gira. Agora vamos ter as Non-Stop na Grécia. Acho que nos vamos ver gregos para ganhar o Festival. E com a boa experiência que temos em provas europeias com esses tipos, acho que é desta que ganhamos um ponto.