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quinta-feira, setembro 15

Eu estava lá! Eu vi!

No sábado passado fui ao aeroporto de Lisboa por motivos que, por razões óbvias não vale a pena mencionar aqui. Quando entrei, pela porta que dá acesso á zona de Partidas deparei com uma situação bastante caricata. No cimo das escadas rolantes, mesmo junto aquele café mais antigo que lá existe (quando vamos fazer os check-in e para as portas de embarque). Sim, aí mesmo. Naquela pequena rampa que dá acesso a esse dito café, e atrás de um pilar estava, pasme-se, um saco. Sim, um saco preto de viagem.

Junto a esse saco estavam três crianças a brincar e quando passei, o que me chamou a atenção foi um policia, que numa posição extremamente descontraida (descontraida demais para um policia de serviço) perguntava ás criancinhas se o saco era delas. Elas responderam imediatamente que não e foram ter com os pais. Se o policia não estivesse "tão descontraido" se calhar eu nem tinha reparado mas reparei. Segui para a zona de check-in e logo voltei atrás com aquela desculpa do "vou só ali ver uma coisa"! E fui ver. Estava o policia ao pé do saco na mesma posição.

Voltei para perto dos meus familiares e em muito pouco tempo passou por mim um enorme quantidade de policias. Claro que mais uma vez fui espreitar. Estavam a vedar a zona onde estava o dito saco. Pensei eu na altura que era o mais correcto. Estávamos na véspera do aniversário de um dos mais terriveis atentados que há memória, o 11 de Setembro. Poderia ser uma bomba, poderia ser esquecimento. PODERIA SER TUDO. E a policia evacuou uma parte do café. Muito bem, pensei eu. Estamos preparados para estas coisas e a tomar medidas.

De repente, vejo uma fita. E os policias estavam a atá-la aos pilares. E fizeram uma circunferência de cerca de três, sim, três (eu repito, três) metros á volta do saco. E o bom do português colou-se a fita a ver o que se passava. Eu vim-me embora. Fui ter com os meus familiares. Se "aquilo" fosse uma bomba é claro que uma circunferência de três metros chegava perfeitamente para evitar um desastre de grandes dimensões. Claro que toda a gente que estava colada à fita a ver o que se ia passar iria safar-se perfeitamente.

Então, fui-me embora descansado. Mas pelo sim pelo não, disse á minha familia que quando fossemos embora eu ia primeiro para ver se já estava tudo resolvido. Simplesmente porque eu não os queria a apenas três metros de uma potencial bomba ou de um saco ou lá o que era. A policia poderia achar suficiente. Mas eu não sou policia. Se fosse a vossa mulher e filhos? Vocês achavam que chegava?

domingo, setembro 11

Benvindos a Portugal !!

Benvindos a Portugal. Não liguem á palhaçada mas estamos em época de eleições.

Esta bem poderia ser a frase de um qualquer operador turistico durante os últimos anos e para os próximos que se avizinham. Podem ter a certeza que duraria, porque quando não houver mais nada para eleger, certamente que se irão "arranjar" uns referendozitos para entreter o povo e encher os partidos políticos de dinheiro dos portugueses, que só por si já são um povo que vive de barriga cheia.
E quando acabarem os referendos? Perguntam vocês! Bem, quando acabarem os referendos já está outra vez na altura de fazermos outra vez eleições.
E assim vai o povo. Contente porque vai tendo uns autocolantes e canetas, espectáculos e, uma vez por outra, lá vai ganhando qualquer coisa (pelo andar da carruagem desta vez nem podemos dizer, que até o benfica vai ganhando qualquer coisa).

Tivemos no princípio deste ano as eleições legislativas. Com o Alto Patrocínio do sr. Presidente da Républica que, depois da "fuga" de Barroso para Bruxelas, esperou que todos os partidos decidissem os seus líderes (claramente Ferro Rodrigues era um "alvo" fácil para um Santana Lopes populista e sem provas dadas) e desfez o governo, com o pretexto de um ministro das Finanças que se demitiu (tal como já aconteceu com este governo mas em que o sr. Dr. Jorge Sampaio nada disse).

Mas isto é passado e eu nessa altura ainda não tinha blog, por isso com tanta coisa nova para falar, não vale a pena estar a falar de passado. O que lá vai lá vai. O passado só serve para fazer comparações, e só aí vale a pena falar nele. Ou então, como dizia o meu professor de história do liceu, e que ainda hoje admiro bastante, o Prof. Porfírio, das Doroteias, em Évora, "A história é ciclica e tem tendência a repetir-se". E isto leva-nos ás proximas eleições que ao contrário do que possa parecer, não é passado. É futuro mesmo!!

Vamos, ao que tudo indica, ter frente a frente, dois grandes adversários políticos, o Dr. Cavaco Silva e o Dr. Mário Soares (ou Marocas, ou Bochechas, ou muitas outras coisas que também já lhe chamámos). Mas ainda falta muito tempo para as Presidênciais e quanto a este assunto não me vou adiantar muito. A seu tempo o farei, pois se um candidato já se apresentou, o outro ainda não e sinceramente acho completamente ridiculo estar a atacar aquele que poderá ser o Mandatário de campanha do candidato de direita, o dr. Dias Loureiro, só por esse motivo. Deixo isso a cargo do presidente do Bloco de Esquerda, que por acaso também vai ser candidato a Belém. Diz que vai ser porque o mais certo é ele desistir quando estiver quase a chegar lá, tal como alguns partidos menos cotados e da mesma ala política.

Por acaso nunca percebi esta obsessão da esquerda portuguesa que diz que o mais importante é que a direita perca, independentemente de projectos, nomes e pessoas. Se eles são todos tão bons porque é que existem tantos partidos de esquerda? Tachos? Será? Não. Claro que não. Eles são todos tão moralistas. Basta ver o tipo de campanha política que eles apresentam. Por exemplo para a Câmara do Porto. Foi tão bonito e moralista vê-los lado a lado no Mercado do Bulhão. Nem o sr. Eng. faltou para dizer que o projecto era viável. Nesse caso porque é que se candidatam os três? Escolham uma cara bonita (será por isso que se apresentam os três?) e concorram juntos. Isso até tem nome. Chama-se Coligação. Só que assim eram menos para "encher o Rio" não era?

E assim vai a política portuguesa, de mal a pior. Mas é a que temos e a que deixamos ter. Confesso que a ideia era hoje falar um pouco sobre as presidenciais mas esta nossa política é como as cerejas. A cadeia é feita de tal maneira que começamos numa ponta e nunca mais acabamos. Temos sempre assunto. Ficarão as presidênciais para depois das Legislativas? Claro que não. Não sou político. Não tenho "timings" para dizer o que penso. E se fosse como o Nuno Rogeiro até analisava umas coisas quando eles me pagassem. Graças a Deus sou livre. Ninguém me paga mas também ninguem me ouve!