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sábado, novembro 4

Natal é quando o senhor do hiper quer!

Hoje, quando entrei naquilo a que nós nos habituámos a chamar de "grande superficie" (ou melhor, aquele tipo de supermercados onde encontramos quase tudo o que procuramos aos mesmo preço dos outros sitios) ouvi uma menina, de cerca de 5 anos a exclamar para o seu pai alto e bom som: "Olha papá, já é Natal!!". Depois vi a cara do papá, muito abismado, sem saber bem o que dizer á sua criança. E confesso que fiquei curioso dos contornos do que se terá passado depois, mas as regras da boa educação obrigaram-me a desviar o ouvido.

O que é certo é que hoje á tarde, quando entrei na Mestre Maco e no Feira Nova, parecia que era Natal. Muitas fitinhas, luzinhas, presépiozinhos e outras coisas que tais, como arvores de natais. A minha esposa ainda tentou a sorte e disse que este ano, como tinhamos o terraço e o Rodrigo já dava mais atenção do que no ano passado, teriamos que comprar qualquer coisa. Teve azar. Fui lá comprar coisas para a minha agricultura. Ando ultimamente com um desejo desmedido de plantar todos os vasos que apanhar com fundo e de os espalhar pelo terraço. Já lá estão Borracheiras, Narcisos, Bolbos, Salsa, Coentros e até Tomilho. Este tempo é de sementeira. Nunca ninguem me disse que o Pai Natal vinha no Outono, para ajudar na Vindima nem a fortalecer as plantas que caem á terra.

Será que alguém pode explicar a esses senhores das lojas que ainda faltam quase dois meses para o Natal? E que quando muito o NATAL É EM DEZEMBRO???

Eu sei, não tenho razão. Há muito que o Natal deixou de ser uma época festiva para ser um negócio, uma troca de prendas e muitas outras coisas. Há muito que se deixou de comemorar o Aniversário do Menino Jesus. Mas por favor, por tudo o que o Natal para mim significa (e agora ainda mais) só desta vez, peço-vos o benefício da dúvida e deixem-me fazer as compras só para o mês que vem. É em cima da hora, é nos últimos dias e com o que sobra, mas bolas, sou português. Agora estou a comer castanhas, semear bolbos e plantas. Depois logo se vê. O mais certo é ter que fazer quilometros para arranjar musgo para o presépio, ou andar horas á procura de uma prenda para aquele amigo que por acaso ficou esquecido na altura em que fizemos a lista.

Desculpem a confusão deste texto mas está na hora de mudar a frase. Natal já não é quando um homem quiser, nem muito menos o Natal é das Crianças. O Natal é quando os senhores dos hipermercados quiserem e normalmente começa dois meses antes. Por isso, sinceramente, acho que me resta dizer apenas uma coisa: Boas Festas e Bom ano Novo!