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quinta-feira, setembro 11

Há um ano....


Há um ano foi assim. Levei-o para a escola pela primeira vez. Nunca me hei-de esquecer desse dia. Confesso que as coisas não correram bem como eu pensava. Cheguei lá ás 8 da manhã, pensando que ele ia ficar agarrado a mim, a chorar e a pedir-me para não ir e deixá-lo ali, com aquelas pessoas que ele não conhecia de lado nenhum. Não ia querer, ia fazer uma birra e quando eu me viesse embora, ficaria com uma cara de zangado, por eu ser mau ao ponto de o abandonar. Puro engano. Nada disso. Eu vim-me embora, de lágrimas nos olhos, com pouca (ou nenhuma) vontade de o deixar lá, com aquelas pessoas que eu não conhecia de lado nenhum e ainda por cima, como se não bastasse, o raio do puto ficou todo feliz por ter gente nova com quem brincar. Nem uma lágrimita de despedida ele me deu. Levei um abraço e um beijo e depois... foi-se.

Claro que isto foi só nos primeiros dias. Quando começou a ver que aquele ritual era para sempre as coisas mudaram um pouco de figura e durante todo o mês seguinte as birras e os choros eram um habitué da despedida. Depois começaram a ser só ás vezes e agora lá vai dizendo de vez em quando que não quer ir e arranja um estratagema ou outro para atrasar a ida, mas vai, sem choros, calmamente e mais resignado. Quando é para o irmos buscar, ás vezes é ao contrário. Sempre grandes festas quando nos vê mas já tem dito que quer ficar mais um bocadinho, ou como ele nos diz ás vezes, "papá, mamã, só dez minuto, tá bem?"


A responsabilidade agora também já é outra (e o tamanho!). Este ano, afinal, sempre trocou de sala, com uma grande parte dos coleguinhas dele. Passou para a sala dos crescidos. E, como nos dizem lá na creche "ele anda muito contente, anda sempre todo satisfeito". Claro, o puto é um puto contente e satisfeito. Gosta é de brincadeira ou então "tou na palhaxada!!". Desde que não haja confusões ele anda como quer. Mas é engraçado ver a carinha nostálgica com que fica a olhar para a antiga salinha, quando está na hora de ir embora. Como quando voltamos a um sítio que nos traz boas recordações. E sei que ele tem bastantes daquela salinha. Penso que a transição correu bem pois ele percebeu que ia passar para a "sala dos crescidos", e os grandes amigos dele também passaram mas ainda ontem disse á mamã que não tinha dado um beijinho á namoradinha dele (ele trata-a pelo nome mas aqui no blog não o vou fazer, obviamente) que ficou na outra sala. E vai falando sempre dos amigos que lá deixou, pois encontra-os todos os dias. E da sua "Rita Cadora", de quem eu sei que ele também vai sempre gostar muito, por tudo o que lhe deu e lhe ensinou, tanto a ele como a nós.